15 de janeiro de 2008

O Tempo Voa

O tempo voa, tem passado tão rápido que me faz muitas vezes perder a noção do quando determinada coisa aconteceu ou se passou. Hoje acordei bastante triste, ontem soube que uma daquelas pessoas com quem me cruzo diariamente está de partida. Para onde, é impossível saber.
Enquanto diariamente “brincamos” com a ciência a vida não para. O tempo voa numa rapidez assíncrona e milhares de células dividem-se de uma forma muito mais agressiva do que o nosso tempo desejaria. A luta é constante, mas porque não lutam elas da mesma forma que nós diariamente lutamos para as compreender? É tudo tão estranho. Tão estúpido. De repente, aquele figurante da minha vida que é também o principal actor da vida de alguém, desaparece, deixa de sorrir nos corredores porque já não pertence aquela vida, aquele cenário. Como é tão frágil a vida, como é estúpido dar importância ao que de facto não importa, como é assombrosa a efemeridade. E fico a pensar naquela pessoa pequenina, linda, cheia de caracóis, com um olhar doce cheio de vida, para quem a outra é tão grande e única. Será que também ela sente que está perante uma partida? Não consigo deixar de pensar nisto, na luta, nas vitórias e conquistas da Mónica e infelizmente também daquelas células. É injusto e assusta. Quando poderei ter eu, ou alguém próximo, o mesmo destino? Enquanto isso espero conseguir concentrar-me em aproveitar a vida, ser feliz e fazer sempre sorrir os que estão à minha volta. Espero conseguir e seguir o exemplo de vida e de luta da Mónica.

1 comentário:

Ritinha disse...

A vida é cruel por vezes e arrebata-nos com estas notícias!
Mas é mesmo como tu dizes, seguir o exemplo dos outros e lutar sempre...
O mais perigroso da vida é viver!!

Beijo muito grande e continua a lutadora que sempre demonstras ser.